segunda-feira, 11 de julho de 2011

Era um café da manhã sem pedidos nem olhares. Algumas explosões eram ouvidas. Ignoravam-se. Ignoravam cada vez mais a proximidade, o aumentar do som, a certeza do fim. Ia chegar em sua casa, levantar todos os móveis, o piso, o fogão recém comprado e as dores. Tudo iria embora. Esperavam com um silêncio dolorido de esperança morta. Era o jantar e o silêncio era ouvido. As explosões cessaram e ficou a dor da espera, já que entre os outros desvios de olhares e silêncios tinham desaprendido a amar.
Vem fantasia, que a realidade tá machucando....