sexta-feira, 30 de abril de 2010

Já não quero voltar.

Acho que nos perdemos nesse nosso desejo de nos achar.

Vozes

Ouço vozes tão baixas que bem podiam aquecer meus pés.

Quero fugir de mim...

Estava lá no ponto de ônibus.Olhos verdes, talvez azuis, a camisa confunde.
O sorriso, sim, amarelo. E com certeza perdida, com aquele papel na mão, o
olho alerta e lindos cabelos brancos embaraçados. Eu a via assim: embaraçada.
Respondi que não sabia onde ficava, que também andava perdida, que só estava
ali. Só estava. Estava só. Ela ficou. Ficamos. Talvez horas. E como sempre, a
chuva e a fuga. A dela. A minha fuga ficou. Ando com a fuga perdida.